CNN Brasil

Responsável pelo pedido para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Braskem, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) avisou aos outros membros do colegiado que não desistirá da relatoria da comissão.

Antes da abertura dos trabalhos da comissão nesta quarta-feira (21), os senadores se reuniram a portas fechadas para definir quem será o responsável pela condução das investigações e produção do parecer final.

A disputa pelas principais funções da CPI tem como pano de fundo uma disputa alagoana.

E o grupo político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem trabalhado para que Renan Calheiros não tenha protagonismo nos trabalhos.

Interlocutores citam um acordo com o Planalto para que o senador Rogério Carvalho (PT-SE) fique com a relatoria. O argumento é “dar mais institucionalidade” aos trabalhos.

Na tentativa de buscar um acordo, os senadores tentaram emplacar Calheiros na vice-presidência da CPI, no lugar de Jorge Kajuru (PSB-GO).

Calheiros, no entanto, não topou. Disse aos colegas que só desistirá se tiver a presidência, hoje ocupada por Omar Aziz (PSB-AM).

A sessão acabou não sendo realizada e os senadores vão se reunir novamente durante a tarde para tentar chegar a um consenso.

Alguns parlamentares defendem que o requerimento se ateve à situação do estado e que mesmo que a Braskem atue em outras localidades do país, os trabalhos deveriam focar nos danos ambientais causados pela petroquímica em Maceió.

Ao comunicar a decisão, Aziz avisou que se continuar na presidência da CPI, o escopo dos trabalhos não será específico sobre o estado de Alagoas.