Sindicalistas vão às ruas na próxima terça-feira, dia 14, contra o aumento do custo de vida e a alta dos juros. Protestos estão marcados para acontecer em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP) e devem se espalhar para outras capitais do país, segundo a Força Sindical.
“Voltamos a uma situação que há muito tempo não víamos. A ideia da manifestação é chamar atenção da sociedade. Estamos vendo trabalhador que ganha até três salários mínimos perder um terço pra inflação”, afirma o presidente da entidade, Miguel Torres.
Para o secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Ronaldo Leite, o aumento da Selic e do custo de vida impactam diretamente a população, principalmente a mais pobre.
“Convocamos o ato pra 14 de junho por ser o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. E, ao que tudo indica, vão aumentar novamente a taxa básica de juros”, alerta ele.
O aumento da taxa básica de juros, definido pelo Comitê de Política Monetária e previsto para a próxima terça, é uma tentativa de controlar a inflação. Juros mais altos tornam empréstismos e financiamentos mais caros, e isso inibe o consumo, reduzindo os preços.
Atualmente, a Selic está em 12,75%.