A Polícia Federal informou durante coletiva de imprensa em Brasília que vai investir R$ 57 milhões na segurança dos candidatos à Presidência. Desse total, cerca de R$ 25 milhões serão gastos com o custo operacional (logística, diárias) e R$ 32 milhões com a compra de equipamentos.
De acordo com a PF, 300 policiais federais serão designados para cuidar da segurança dos presidenciáveis. Todos passarão por um curso específico para exercer essa função.
O trabalho da Polícia Federal na segurança dos candidatos vai começar a partir do dia 16 de agosto, data marcada para o início da campanha eleitoral.
O coordenador de proteção à pessoa da Polícia Federal, Thiago Marcantonio Ferreira, disse que a PF vai contar com a assessoria da área de inteligência da corporação para “identificar e neutralizar ameaças aos candidatos”.
“O que posso dizer é que a Polícia Federal se qualificou e especializou seu efetivo para ter um atuação melhor do que de 2018. E tenho certeza que 2026 será melhor que esta de 2022, seguindo a lógica de sempre evoluir e aperfeiçoar”, afirmou.
O diretor-executivo da PF, Sandro Avelar, afirmou que a polícia já está em contato com os pré-candidatos para falar sobre a segurança. “Nós nos preparamos para ter uma condição estrutural e fazer um bom trabalho mesmo em um ambiente em que haja tanta paixão. Estamos preparados para fazer uma eleição tranquila”, afirmou.
Como funciona
As diretrizes para a segurança dos candidatos nas eleições foram publicadas em setembro de 2021. Por lei, a partir da homologação da candidatura em convenção partidária, os presidenciáveis têm direito à segurança pessoal por meio de agentes da PF.
Cada candidato tem o suporte de 21 policiais federais. Entretanto, a quantidade de agentes que acompanha os candidatos em cada evento é planejada de acordo com a necessidade, levando em consideração os locais dos eventos.
Para ter a segurança, é necessário requisitar formalmente o auxílio à Polícia Federal. Os candidatos também podem contratar seguranças particulares.
Alerta para riscos
A expectativa de que a eleição deste ano seja mais polarizada, segundo a Polícia Federal, alerta para a possibilidade de maiores riscos. A instrução normativa neste ano exige mais comprometimento das campanhas.
Segundo o documento, “a proteção será ininterrupta e se estenderá até a data da disputa do 2º turno do processo eleitoral, quando houver”.
A equipe responsável pela proteção do candidato deverá elaborar um plano de ação da proteção pessoal, que deverá conter um “relatório de análise de risco” e “planejamento operacional”.
Caso a PF constate o risco de “ameaças concretas” durante o período de proteção, “o candidato que se expuser espontaneamente aos riscos assumirá a responsabilidade”.