Secretaria Municipal fez acordo com o Ministério da Saúde para que fossem destinadas 85 mil doses do imunizante
Mato Grosso do Sul deve receber hoje (17) um novo lote com 85 mil doses da vacina Coronavac. A quantidade deve ser suficiente para suprir a demanda de aplicação da segunda dose em atraso, conforme afirmou ao Correio do Estado o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.
Até sexta-feira (14), 80.917 sul-mato-grossenses aguardavam para receber a dose de reforço desse imunobiológico no Estado. Além das doses da Coronavac, o Ministério da Saúde deve encaminhar ainda mais imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca. Ainda não há definição do quantitativo que será enviado de cada imunizante.
Resende explicou que a quantidade significativa de vacinas do Instituto Butantan, encaminhadas pelo Ministério da Saúde, foi viabilizada após levantamento realizado pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-MS) e encaminhamento dos dados para o governo federal.
“Foi um ajuste que nós pedimos com o Ministério da Saúde. Fizemos um levantamento de acordo com as doses em atraso em Mato Grosso do Sul. Depois disso, o Cosems-MS encaminhou os dados que nós repassamos para a Comissão Intergestores Bipartite [CIB]”, afirmou o secretário.
Para o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), a chegada das 85 mil doses da vacina sinobrasileira dará tranquilidade para imunizar a população que está com a imunização atrasada. “O compromisso é de que todos os municípios se esforcem para que todas as segundas doses [da Coronavac] sejam aplicadas até sexta-feira [21]”, ponderou.
Essas doses são referentes à última remessa, de 1,1 milhão de vacinas, entregue pelo Butantan na sexta-feira (14). Por ora, o Instituto aguarda autorização do governo chinês para a liberação de 10 mil litros da matéria-prima necessária para a produção da vacina.
Conforme o Butantan, não há previsão para a chegada de novos insumos e a produção da Coronavac está paralisada. O segundo contrato de compra firmado entre o Instituto e o Plano Nacional de Imunização (PNI) tem uma estimativa inicial de fornecimento de mais 54 milhões de doses no segundo semestre.
Até ontem, 23,4% dos sul-mato-grossenses já haviam recebido pelo menos uma dose dos três imunobiológicos aplicados em MS. Desde o início da pandemia, em março de 2020, mais de 265 mil pessoas tiveram a doença e 6,2 mil morreram em decorrência da Covid-19.
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Com a chegada de novas doses em Mato Grosso do Sul, a vacinação com a primeira dose da Astrazeneca será retomada a partir de hoje (17), de acordo com a secretária-adjunta de Saúde do Estado, Crhistinne Maymone. Até ontem, as 25,5 mil doses referentes ao 21º lote estavam sendo destinadas apenas para a segunda fase de vacinação no Estado.
A determinação havia sido anunciada na sexta-feira (14) pelo titular da SES, Geraldo Resende, com o objetivo de antecipar a imunização para agendados em maio e junho.
“No Estado, poderemos aplicar a segunda dose de Astrazeneca em um prazo de 8 a 12 semanas, não sendo necessário esperar o período de 3 meses de intervalo entre as doses”, ressaltou o secretário.
Para acelerar a vacinação contra a Covid-19, Mato Grosso do Sul aprovou a assinatura de contrato com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) na sexta-feira para a importação de 28 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. O acordo foi intermediado pelo Consórcio Brasil Central, formado pelo Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Rondônia e Mago Grosso do Sul.
No entanto, a aplicação das doses depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial da vacina. Quando aprovado, o Estado deve adquirir 2 milhões de doses, com capacidade para imunizar 1 milhão de pessoas.
“Assinamos alguns documentos para fazer a aquisição e estamos esperando a aprovação da Anvisa e, consequentemente, a assinatura do contrato definitivo da entrega imediata. Se acontecer, vai ser um gol de placa, podemos ser o estado que mais cedo vai sair dessa tragédia”, afirmou o secretário Geraldo Resende.
Até agora, a Sputnik V teve seu uso emergencial ou registro definitivo aprovado em 61 países, de acordo com o Instituto Gamaleya, responsável por seu desenvolvimento. A eficácia da Sputnik V, que exige a aplicação de duas doses, é de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica The Lancet. (Colaborou Gabrielle Tavares)
Fonte Correio do Estado