O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência, criticou uma “grande parte dos meios de comunicação” do país por terem, segundo ele, “destruído” sua vida ao noticiarem as acusações feitas pela Operação Lava Jato.
A declaração foi dada em entrevista à Rádio Jornal, do Recife. Ele falava sobre a conclusão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgada na quinta-feira (28) — e antecipada pela CNN no dia anterior —, segundo a qual o ex-juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento dos processos da Lava Jato contra o ex-presidente.O órgão também considerou que o petista teve os direitos políticos feridos ao ser impedido de participar das eleições de 2018.
“O Mensalão do PT existiu. Fato. A roubalheira na Petrobras também, todo mundo sabe”, afirmou o ex-juiz pelas redes sociais.
Na entrevista de ontem (29), o ex-presidente disse não ter que “provar mais nada”, ao contrário de quem o acusou.
“A decisão da ONU, [quinta-feira, 28], mostrou a falácia do que foi o processo contra mim. A decisão de não me deixar ser candidato, de me prender, ontem a ONU deu um chute nisso e mostrou a pouca vergonha que foi feito para evitar que o Lula fosse presidente da República em 2018”, disse.
Em outro momento, ele criticou seus “acusadores”, dizendo que eles induziram a imprensa brasileira a acreditar em “mentiras”.
“O que nós queremos é restabelecer a verdade. E estou com muito orgulho aqui porque esperei seis anos em que minha vida foi destruída por uma grande parte dos meios de comunicação deste país. Vocês sabem o que eu sofri. Entretanto estou aqui de cabeça erguida e os meus acusadores, hoje, talvez tenham vergonha de sair na rua. Hoje, talvez não tenham coragem de entrar no bar para tomar cerveja porque sabem que induziram o Brasil a uma mentira”, afirmou.
* Publicado por Estêvão Bertoni, com informações de Brenda Silva, da CNN, em São Paulo