Ministério da Saúde autorizou a intercambialidade da vacina em gestantes e puérperas
Mulheres grávidas e puérperas, que são as que estão em até 45 dias pós-parto, e que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, receberão a segunda dose da Pfizer em Mato Grosso do Sul.
O Ministério da Saúde autorizou a intercambialidade da vacina apenas neste público.
Isto porque o uso da vacina da AstraZeneca em gestantes e puérperas com comorbidades foi suspenso pelo órgão em maio, mas muitas pessoas deste grupo já haviam tomado a primeira dose.
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De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, a discussão para mesclar as vacinas foi levantada por secretários de saúde de vários estados.
“Para nós, isto representa uma conquista. É uma forma de garantirmos proteção a todas às gestantes e puérperas até 45 dias”, disse Resende.
“O Ministério da Saúde considerou estudos com indicativos de respostas seguros – referente a intercambialidade de vacina contra o Coronavírus -, considerando a importância da segunda dose para assegurar a elevada efetividade contra a Covid-19”, acrescentou.
As mulheres devem aguardar a abertura do calendário de segunda dose para este grupo para irem até um polo de vacinação.
Em nota técnica, o Ministério da Saúde destaca que a aplicação de primeira dose e segunda de vacinas de diferentes laboratórios não é para todos os públicos, sendo uma exceção para grávidas e puérperas.
Segundo a nota, deve ser ofertada a essas mulheres, preferencialmente, a vacina da Pfizer para a segunda dose.
No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que, caso não haja disponibilidade da Pfizer, poderá ser utilizada a vacina Coronavac para completar o ciclo vacinal.
Todas as pessoas que se vacinaram neste esquema de intercambialidade deverão ser informadas a respeito das limitações referentes aos dados existentes e do perfil de risco benefício.
Ainda conforme a nota técnica, a segunda dose deverá ser aplicada no intervalo adotado para o imunizante utilizado na primeira dose, que no caso da AstraZeneca é de até 90 dias.
Além das gestantes e puérperas, há outra exceção para a aplicação de imunizantes de diferentes laboratórios nas doses 1 e 2, relacionada às contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país.
Por exemplo, pessoas que receberam a primeira dose de uma vacina Covid-19 em outro país e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose.
Neste caso, poderá ser administrada vacina da Covid-19 de outro fabricante.
Fonte Correio do Estado