A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu para 24%, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14). O número é o pior registrado pelo instituto de pesquisa em todos os mandatos do petista como presidente da República.
A reprovação de Lula atingiu 41%, um número também inédito para o presidente nas pesquisas do instituto.
Segundo o instituto, 32% acham que o governo está regular, três pontos porcentuais a mais do que em dezembro do ano passado, na penúltima pesquisa. Foram ouvidas 2.007 eleitores entre os dias 10 e 11, em 113 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Na série histórica da pesquisa, que avaliou os outros dois mandatos que o petista esteve no poder, Lula nunca chegou a um patamar tão baixo de aprovação.
O pior índice de aprovação havia sido no final de 2005, quando o PT atravessava o escândalo do mensalão, e chegou a 28% de avaliação “bom e ótimo”. Na penúltima pesquisa, em dezembro, foi o auge da avaliação ruim, com 34%.
No último levantamento, feito em dezembro, 35% aprovavam o governo, 34% reprovavam e outros 29% consideravam o governo regular.
A pior avaliação de Lula no Datafolha como presidente havia sido em outubro e dezembro de 2005, durante a crise do mensalão, em seu primeiro mandato. Naquela época, ele atingiu 28% de ótimo e bom.
A pesquisa divulgada nesta sexta foi a primeira realizada após a “crise do Pix”, ocorrida em janeiro, com a notícia de que o governo passaria a fiscalizar transações superiores a R$ 5.000 pelo sistema de pagamentos. A reação da oposição, que sugeriu que poderia haver um controle indevido e até a taxação do Pix, fez o governo revogar a medida.
Nas semanas seguintes, o governo trocou o comando da Secretaria de Comunicação (Secom), com a entrada de Sidônio Palmeira no lugar de Paulo Pimenta.
Outra crise recente do governo foi a da inflação dos alimentos, após o governo começar a discutir medidas para reduzir o preço da comida no Brasil. A oposição também ironizou frases de Lula e da equipe ministerial, como a sugestão de parar de comprar alimentos caros ou de trocar laranjas por outras frutas mais baratas.