O candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) disse em evento de campanha no comitê central do partido, que pretende investir 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em ciência e tecnologia, caso seja eleito.

O pedetista disse, em coletiva de imprensa, que planeja estabelecer uma revolução educacional em que o uso de ferramentas digitais deve ser priorizado.

“Nós temos também o projeto Internet do Povo, que vai financiar smartphone em 36 vezes sem juros, curso de capacitação em informática, games e fazer com que nós possamos, no Brasil, ter Wi-Fi gratuito em banda larga em áreas comunitárias”, afirmou.

Após a coletiva, Ciro Gomes se reuniu com representantes de associações e empresas do setor de tecnologia da informação. Durante o encontro, empresários pediram investimentos em educação na área de TI, segurança jurídica para grandes e pequenas empresas na proteção de dados, o desenvolvimento de redes para combater crimes cibernéticos e crédito para compra de equipamentos e novos aparatos tecnológicos.

Os participantes da reunião também defenderam uma melhor comunicação entre o Estado e o cidadão, a desoneração da folha de pagamento, além da revisão de normas trabalhistas e a necessidade de uma reforma tributária e outra administrativa.

Competitividade entre bancos

Durante a reunião, Ciro Gomes foi questionado se autorizaria a entrada de novos bancos no Brasil. Um dos objetivos da medida seria incentivar a competitividade entre as instituições financeiras.

O candidato defendeu o investimento em fintechs e afirmou que, apesar de ter simpatia pela proposta e estar tentado a permitir o ingresso, essa não seria sua “primeira providência”.

Em seu plano de governo, o pedetista defende tornar a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil mais competitivos, ao baratear a taxa de juros e tarifas das instituições.

Manifesto PDT

Ciro Gomes também foi questionado sobre um manifesto que vem sendo articulado por dissidentes do PDT, que o criticam e apoiam a candidatura do ex-presidente Lula (PT). A elaboração do documento tem à frente integrantes e ex-integrantes do partido.

Ciro Gomes afirmou que “não há uma única assinatura de um pedetista” no manifesto e questionou a autenticidade dos nomes que teriam firmado o documento.