O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou a decisão de desistir da disputa pela reeleição, marcando um momento raro na política americana. Segundo o professor de Relações Internacionais Vinícius Vieira, em entrevista à CNN Brasil, diversos fatores contribuíram para esta decisão, incluindo o estado de saúde do presidente.
Vieira sugeriu que, após contrair Covid-19, Biden “deve ter percebido limitações significativas para se engajar numa campanha que exige grandes deslocamentos”. Além disso, o especialista levantou questionamentos sobre como seriam os próximos quatro anos caso Biden fosse reeleito, considerando suas condições físicas.
De acordo com o especialista, um dos elementos cruciais foi a percepção de Biden de que não teria apoio suficiente dentro do próprio Partido Democrata. Figuras proeminentes, incluindo o ex-presidente Barack Obama e a ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi, teriam manifestado oposição à sua candidatura, tanto nos bastidores quanto publicamente.
Desafios financeiros
Vieira destacou também a questão financeira como um fator determinante. “Nos Estados Unidos é necessário muito dinheiro para competir à presidência, principalmente para fazer campanhas direcionadas nos estados-pêndulo”, explicou o professor. Ele acrescentou que várias fontes importantes de recursos “acabaram por secar”, com doadores expressando incertezas sobre a candidatura de Biden.
Esta decisão de Biden marca um momento histórico na política americana, sendo comparável apenas à desistência do presidente Lyndon B. Johnson em 1968. A movimentação abre espaço para novos candidatos no Partido Democrata e pode alterar significativamente o cenário das eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos.
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