O presidente Jair Bolsonaro tem recebido conselhos de aliados para não se exceder nos atos em Brasília e Rio de Janeiro, no dia 7 de setembro. A maior preocupação é que o chefe do executivo federal volte a atacar os ministros do STF e TSE e as urnas eletrônicas, além de usar frases autoritárias contra as instituições democráticas.
Após os resultados das últimas pesquisas Ipec e Datafolha, a campanha do chefe do executivo federal comemorou a queda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a probabilidade de ter um segundo turno. Mas ficou descontente com a subida da rejeição de 51% para 52%.
A rejeição do presidente vinha em queda, no entanto, essa oscilação para cima frustrou os planos bolsonaristas. Na opinião da equipe, o ataque de Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães teve papel fundamental para que esse índice voltasse a crescer.
Novos ataques contra as urnas eletrônicas e ministros do Supremo podem ser fatais e afastar, definitivamente, os eleitores moderados. Além disso, há grande preocupação que Lula use isso ao seu favor e convença eleitores de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (MDB) a realizarem o voto útil, encerrando a eleição no primeiro turno.
“Estamos dando conselhos, mas o presidente chegou até aqui por méritos dele. A decisão final é do Bolsonaro, ele quem discursará e saberá quais palavras deverá falar. A gente é técnico, observamos dados e passamos as informações para ele. Só que o presidente é intuitivo e tem funcionado. A campanha confia nele”, desconversou um aliado ao ser questionado sobre a preocupação.